prelúdio

Quando cheguei havia a tua ausência. Perguntei-te o que era isso e respondeste “está estabilizado”. Ri, claro. Fiquei aonde tinha chegado. A ver as coisas com cuidado, com tempo. Palpei algumas das coisas e sorri. Sentia-me confiante. Fazia sentido pois estavas despido e precisavas que te falasse dos dias e das semanas como se fossem escassos. (E são, não são?)
A meio (ou a três quartos) da conversa começaste a olhar o calendário, eu via que algo estava ao contrário sem ser de pernas para o ar. Eram os teus dedos, percorriam a página a querer guardar dias. Puxei-te pela mão. Chegado, enchi-te de beijos.

3 comentários:

Anónimo disse...

Os prelúdios fecham... não abrem.
O que pretende este fechar?...
Manter-me-ei atento...
A Coimbra e, também, ao mar, que nunca conjugaram pacificamente, senão em mim...

menina tóxica disse...

palavras mais lindas :)

Menina Limão disse...

(há tanto tempo que não te lia tão bonita, tão em paz com as palavras... que bom.)




Uma árvore é uma obra de arte quando recriada em si mesma como conceito para ser metáfora.

Alberto Carneiro
[Katharine-Hepburn-Atheist-Bus-Campaign-Tube-Advert-25pc.jpg]