(os espelhos donde as almas partiram)

entre a saliva e os sonhos há sempre
uma ferida de que não conseguimos
regressar

e uma noite a vida
começa a doer muito
e os espelhos donde as almas partiram
agarram-nos pelos ombros e murmuram
como são terríveis os olhos do amor
quando acordam vazios

Alice Vieira


(resultado de mais um assalto à lebre)

2 comentários:

bookworm disse...

ouch.

(mais uma flecha certeira)

Anónimo disse...
Este comentário foi removido por um gestor do blogue.



Uma árvore é uma obra de arte quando recriada em si mesma como conceito para ser metáfora.

Alberto Carneiro
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