H0

Das hipóteses formuladas surgiu o erro. Surge sempre um erro tardio na ciência. Todos sabemos disto. Percorri cada item com um cuidado que ultrapassou a reflexão. Agora continuo na frente daquilo em que creio hoje. Tenho as pastas cheias de nomes que transformei em números. Penso nos clichés que o homem disse ontem à tarde e sublinho a pertinência da minha irritação. Quem disse que arte e ciência são sentenças distintas? (nota: a pergunta formulada previamente é, ela própria, um cliché)



Percorro as tabelas e rio louca. Sou muda, a irritação esvai-se rapidamente.
Dentro de cada célula existe espaço suficiente para os erros do Homem. A chalaça está no engano dos números. Gente crescida deveria saber isto na ponta da língua.
Acaso amanhã receba o convite para a discussão do estado da arte denunciarei a minha ausência. O meu Outono é mais importante.



Hoje revezo a minha arte com a minha ausência. Uma ausência em confiança.
É nisto que creio hoje. Firme, sinto o primeiro frio e perpasso memórias como me convêm. Afinal, sinto tudo. É assim mais importante dizer adeus enquanto ainda há tempo. Deixando para trás as persuasões.
Podeis verificar, como acima demonstrado, que é fácil engendrar textos que nos tragam de volta o início da manhã. Também escrevo. Posso fazer mistura de todas as imagens que sonho e dizer adeus. E voltar a cada desejo.

2 comentários:

menina tóxica disse...

ó stôra de canto, tem aqui uma hipótese nula mais linda :))

margarete disse...

:):):)




Uma árvore é uma obra de arte quando recriada em si mesma como conceito para ser metáfora.

Alberto Carneiro
[Katharine-Hepburn-Atheist-Bus-Campaign-Tube-Advert-25pc.jpg]