ring-around-a-rosie

Quando, de alguma forma, se é outsider, é natural (d'a natureza das tribos) o indivíduo ver-se negado de certas regalias de pertença à tribo; este facto pode mascarar-se e parecer um mal-maior. Sendo que a nossa necessidade de consolo é impossível de satisfazer*, sucede-se o pensamento do dia: É importante mantermo-nos focados no declínio das regalias de tribo em favor da leveza da genuinidade.

Ring around a rosie!
Ring around a rosie, a pocket full of posies. Ashes, ashes, we all fall down!
We all fall down!


Children Playing "Ring around a Rosie", Edwin Rosskam
Chicago, 1941


*A nossa necessidade de consolo é impossível de satisfazer de Stig Dagerman
Fenda ed., 1995

5 comentários:

vieira calado disse...

Excepto para os masoquistas.
Não será?
Cumprimentos

margarete disse...

não sei, não sei mesmo

penso que talvez o mais importante seja saber que rumo tomar, não apelidar o rumo dos outros

cumprimentos :)

miguel. disse...

«Sem fé, ouso pensar a vida como uma errância absurda a caminho da morte, certa. Não me coube em herança qualquer deus, nem ponto fixo sobre a terra de onde algum pudesse ver-me. Tão pouco me legaram o disfarçado furor do céptico, a astúcia do racionalista ou a ardente candura do ateu. Não ouso por isso acusar os que só acreditam naquilo que duvido, nem os que fazem o culto da própria dúvida, como se não estivesse, também esta, rodeada de trevas. Seria eu, também, o acusado, pois de uma coisa estou certo: o ser humano tem uma necessidade de consolo impossível de satisfazer.
Como posso, assim, viver a felicidade?»

Stig Dagerman

margarete disse...

«Não ouso por isso acusar os que só acreditam naquilo que duvido, nem os que fazem o culto da própria dúvida, como se não estivesse, também esta, rodeada de trevas. Seria eu, também, o acusado»

inocentes são os culpados de outros crimes* ;) bom-dia


* conheço esta citação da letra da magnífica canção "O Fugitivo" do Sérgio Godinho
(sendo algo tão evidente, não sei se a citação tem outra origem, mais antiga...)

alice disse...

não apelidar parece-me um bom caminho! talvez o caminho...
gosto de ti :)
sinto-me sempre tão bem nos teus sítios.
obrigada pelo assobio dos pássaros, obrigada por esta magnifica magnólia cujos ‘troncos que
como vasos sanguíneos atravessam o chão’ nos elevam.
Beijo margarete.




Uma árvore é uma obra de arte quando recriada em si mesma como conceito para ser metáfora.

Alberto Carneiro
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