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Julianne Moore

"Mulher sentada com a perna esquerda dobrada” de Egon Schiele

Produção fotográfica para a revista Harper's Bazaar

coisas destas são para se roubar

Fronteiras

Nascida no Canadá, criada no Ribatejo, actualmente a viver em Coimbra, com fugas em datas certas ao Alentejo já me sinto também um pouco alentejana.
O Alentejo, pensava eu no Sábado, é outro país. Soubesse eu descrever por palavras o motivo de tal conclusão, fá-lo-ia, mas é preciso sentir um certo sentir que a minha escrita não vos sabe levar.

Tem de se entrar devagarinho e ir ficando (no gerúndio, claro, ir ficando... apreciando...). As estrelas são mais brilhantes. A luz tem véu próprio. As praias são céus. Até as azedas sabem diferente, são doce-azedo.

A imagem "http://farm3.static.flickr.com/2148/2255532315_18a205a60b.jpg?v=0" não pode ser mostrada, porque contém erros.

E as gentes? Não me vou arrogar falar das gentes. Sou privilegiada quanto às gentes com quem tenho privado, não generalizarei.
No entanto, penso que quando falamos das gentes do Alentejo, deve ser feita justiça quanto a uma coisa: as gentes do Alentejo são diferentes das de outras regiões do nosso país, são gentes habituadas a ter de se distanciar para o cumprimento das necessidades básicas. Existem situações pontuais de aldeias no Norte e Interior de isolamento, quando falamos de Alentejo, falamos de isolamento sem excepções.
Existem dois hospitais distritais entre o Algarve e Setúbal – o Hospital do Litoral Alentejano e o Hospital José Joaquim Fernandes, do Centro Hospitalar do Baixo Alentejo.

As maleitas parecem ignorar que Domingo é o 7º dia do Senhor, dia de descanso. Ontem, Domingo, não havia no Hospital de Santiago do Cacém, cuja extensão geográfica de atendimento está representada no mapa, um médico radiologista de serviço, nem disponível ou whatsoever...
Não sei escrever crítica social e económica. Poderia deixar para aqui duas ou três baboseiras sobre o que penso de gente que se queixa de barriga cheia e de governantes que têm a sorte de nunca ter tido um familiar necessitado num hospital tão bem equipado como o de Santiago do Cacém, porém tão carenciado de pessoal. Hoje digo: revolta e desalento.




fotografia das azedas surripiada à menina-alice

[ mãos e pele, corpo, corpos, gentes.]

És de novo uma fonte
Em tuas veias ouve
Quem não foste.

in Música de Cama, antologia de poesia erótica, de David Mourão-Ferreira
Editorial Presença, 1994



# Lisboa, 2007Nov Z




. . .



Vou lá de vez em quando, através dos links da amig’Alice.

Fica-se por lá, presa nas mãos e na pele, no corpo, nos corpos, nas gentes.

Vá-se lá saber porque é que ainda não me tinha dado ao trabalho de o linkar na coluna aqui ao lado… nem é tarde, nem é cedo, aproveito esta espécie de comemoração de hoje… zás, já está.






Uma árvore é uma obra de arte quando recriada em si mesma como conceito para ser metáfora.

Alberto Carneiro
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