Esquiços articulatórios

# Faço sempre o mesmo erro. Ou, vendo as coisas por outra perspectiva, não há (não encontrei) outra forma de fazer as coisas e tenho de me sujeitar às consequências da “dinâmica da coisa”.
Ou, faço sempre o mesmo erro voluntária
e inconscientemente.
# É chegada a altura do ano em que o meu corpo fraco é mais forte do que eu. Entendo
a engenharia das articulações a cada movimento. Nas dores, involuntária e consciente.
# Já tenho a mala aberta no quarto vazio. Inaugurei o ritual colocando uma toalha de praia e um caderno de desenho lá dentro. Vou, preciso de ir, voluntária e consciente.
# Sobre as pronunciações involuntárias
inconscientes deixo os dias de lado.
* label "quotidianos proletários" surripiada à menina-alice
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margarete
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religião*: deus não só existe como é bom ** [ Hallelujah ]

a ler provas de contacto sobre Leonard Cohen de João Lisboa, começando (e muito bem) assim:
a ler... mais provas
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margarete
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Fronteiras
Nascida no Canadá, criada no Ribatejo, actualmente a viver em Coimbra, com fugas em datas certas ao Alentejo já me sinto também um pouco alentejana.
O Alentejo, pensava eu no Sábado, é outro país. Soubesse eu descrever por palavras o motivo de tal conclusão, fá-lo-ia, mas é preciso sentir um certo sentir que a minha escrita não vos sabe levar.

No entanto, penso que quando falamos das gentes do Alentejo, deve ser feita justiça quanto a uma coisa: as gentes do Alentejo são diferentes das de outras regiões do nosso país, são gentes habituadas a ter de se distanciar para o cumprimento das necessidades básicas. Existem situações pontuais de aldeias no Norte e Interior de isolamento, quando falamos de Alentejo, falamos de isolamento sem excepções.
Existem dois hospitais distritais entre o Algarve e Setúbal – o Hospital do Litoral Alentejano e o Hospital José Joaquim Fernandes, do Centro Hospitalar do Baixo Alentejo.

Não sei escrever crítica social e económica. Poderia deixar para aqui duas ou três baboseiras sobre o que penso de gente que se queixa de barriga cheia e de governantes que têm a sorte de nunca ter tido um familiar necessitado num hospital tão bem equipado como o de Santiago do Cacém, porém tão carenciado de pessoal. Hoje digo: revolta e desalento.
fotografia das azedas surripiada à menina-alice
[ mãos e pele, corpo, corpos, gentes.]
És de novo uma fonte
Em tuas veias ouve
Quem não foste.
in Música de Cama, antologia de poesia erótica, de David Mourão-Ferreira
Editorial Presença, 1994
Fica-se por lá, presa nas mãos e na pele, no corpo, nos corpos, nas gentes.
Vá-se lá saber porque é que ainda não me tinha dado ao trabalho de o linkar na coluna aqui ao lado… nem é tarde, nem é cedo, aproveito esta espécie de comemoração de hoje… zás, já está.
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margarete
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