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Esquiços articulatórios



# Faço sempre o mesmo erro. Ou, vendo as coisas por outra perspectiva, não há (não encontrei) outra forma de fazer as coisas e tenho de me sujeitar às consequências da “dinâmica da coisa”.
Ou, faço sempre o mesmo erro voluntária
e inconscientemente.

# É chegada a altura do ano em que o meu corpo fraco é mais forte do que eu. Entendo
a engenharia das articulações a cada movimento. Nas dores, involuntária e consciente.

# Já tenho a mala aberta no quarto vazio. Inaugurei o ritual colocando uma toalha de praia e um caderno de desenho lá dentro. Vou, preciso de ir, voluntária e consciente.

# Sobre as pronunciações involuntárias
inconscientes deixo os dias de lado.




* label "quotidianos proletários" surripiada à menina-alice

(...)

do not touch, please (thank you)

Tentativa de justificação acerca da presença estranha do post abaixo: não gosto que me toquem pessoas estranhas. Inclui-se neste não-gostar: apertos de mão, palmadas nos ombros e costas, encostos de rosto com consequência de beijos e abraços. Pensava que, no limite, me tinha acontecido não conseguir escapar a beijos, mas não, meus senhores, a necessidade de espaço corporal alheio não fica por aqui: esta semana levei uma palmadinha na anca. Eu sabia que não era bom agoiro vestir uma saia de pregas, mas jamais poderia ter chegado a tanto. A dita senhora que me presenteou com um sorriso e uma palmadinha na anca (uma palmadinha na anca) tinha ar de quem me achou “jeitosinha com a saia de pregas”, vai disso… palmadinha na anca!
Sendo a minha memória algo tortuosa, e na aflição do momento, pensei “terei escrito na testa TOUCH ME”?

Tenho um problema com os costumes corteses convencionados… revoltam-me as vísceras. E perguntam-me vocemessês – Porquê? E eu respondo com perguntas: Porque têm os costumes de cortesia necessidade de corpo? Porque têm os costumes de cortesia necessidade de pele? Porque temos de dar e receber? Porquê esta razia entre corpos incógnitos nas emoções? Hm? Hein?! Enfim. Não percebo. Não gosto. Pronto. Don’t get me wrong, sou afável, até tenho um bocadinho de dó dos meus alvos de mimo, presumo sou um bocado dengosa ('tá dito)... só não gosto de ter de ser tocada por outras pessoas por motivos meramente sociais. Porque é que não serve fazer uma ligeira inclinação de cabeça? Uma ligeira inclinação de cabeça associada a um bonjour (gosto tanto de dizer bonjour!). Porque é que não é suficiente? Ou um apontar de dedos tipo E.T., também era catita, dedos esticados mas sem se tocarem. Porque não?! Porque é que temos de levar constantemente com corpos de pessoas estranhas à nossa intimidade?

Pronto, está explicada a presença da Samantha Fox neste blog. Adiante.



pormenor d'A Criação de Adão de Michelangelo Buonarroti
1511

aproximações: concretização




bom fim-de-semana...

[ mãos e pele, corpo, corpos, gentes.]

És de novo uma fonte
Em tuas veias ouve
Quem não foste.

in Música de Cama, antologia de poesia erótica, de David Mourão-Ferreira
Editorial Presença, 1994



# Lisboa, 2007Nov Z




. . .



Vou lá de vez em quando, através dos links da amig’Alice.

Fica-se por lá, presa nas mãos e na pele, no corpo, nos corpos, nas gentes.

Vá-se lá saber porque é que ainda não me tinha dado ao trabalho de o linkar na coluna aqui ao lado… nem é tarde, nem é cedo, aproveito esta espécie de comemoração de hoje… zás, já está.






Uma árvore é uma obra de arte quando recriada em si mesma como conceito para ser metáfora.

Alberto Carneiro
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