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o Choupal é nosso

Foi bonito. Cheguei cerca das 10h15m… estavam por lá meia dúzia de esperançosos “será que vai aparecer gente?”.
Apareceu, sim.
Perdi o conto às voltas que dei ao cordão. Houve muito sol e calor. Houve gosto em estar ali. Numa cidade tão povoada as ausências pesam sempre, mas afianço que as presenças foram bestiais. Gente bem disposta a lutar pelo metro quadrado que nos resta. Que, repare-se já tem uma bela dose de betão e aço! Não sei pôr forma num texto sobre tudo o que vi hoje no Choupal que é nosso e que queremos manter como tal.
Algumas fotografias têm legendas (têm de passar por cima da fotografia). Tive a sorte de estar presente no momento em que as duas extremidades do cordão se uniram :)



a p&b

hoje I 18.00 I TAGV

http://olamtagv.files.wordpress.com/2009/01/olam_nunojud_big.jpg

~

d'Os Livros Ardem Mal

judice

Hoje, pelas 18 h, no foyer do Teatro Académico Gil Vicente, terá lugar a 5ª sessão de Os Livros Ardem Mal na temporada de 2008/09. O convidado é Nuno Júdice, poeta, ficcionista, dramaturgo, ensaísta, recém-nomeado director da Colóquio/Letras. O painel será constituído por António Apolinário Lourenço, Luís Quintais e Osvaldo Manuel Silvestre, que moderará.

Na primera parte da sessão serão apresentados os seguintes livros:

  • Rui Lage, Corvo, Famalicão, Quasi Edições, 2008. [ISBN 978-989-552-397-9]
  • António Pinho Vargas, Cinco Conferências. Especulações Críticas sobre a História da Música no Século XX, Lisboa, Culturgest, 2008. [ISBN 978-972-769-064]
  • Oliver Sacks, Musicofilia. Histórias sobre a Música e o Cérebro, Lisboa, Relógio d’Água, 2008. [ISBN 978-972-708-997-0]
  • David Lodge, A Consciência e o Romance, Porto, Asa, 2008. [ISBN 978-989-23-0368-0]
  • Manuel Loff, O nosso Século é Fascista. O Mundo Visto por Salazar e Franco (1936-1945), Porto, Campo das Letras, 2008. [ISBN: 978-989-625-256-4]
  • Richard Zenith, Fernando Pessoa (Fotobiografias Século XX), Lisboa, Círculo de Leitores, 2008. [ISBN: 978-972-42-4349-8]
  • hands






    15 de Março a 8 de Junho - CAV - Coimbra

    mercado do quebra costas

    clicar na imagem para visualizar melhor o cartaz


    mau feitio
    Rua Quebra Costas, nº42/44
    3000-340 Coimbra

    aniversário com arte

    6ª feira, 07 de Março



    6º aniversário - Café com Arte, Avenida Elísio de Moura, Coimbra

    dança hoje, no TAGV

    MIAMILUANDA

    «MiamiLuanda» é, em primeiro lugar, um lugar imaginário.
    Inspira-se nas fantasias de alguém: Com o que é que se sonha nos dias de hoje? Quais os nossos desejos? Em que é que acreditamos? Como é que atingimos a felicidade? O que é que nos reconforta?
    Há cinco sonhadores em palco, todos eles diferentes. «MiamiLuanda» inspira-se no nosso crescente desejo por fama e êxito ou a obsessão pelo corpo perfeito, filmes de Hollywood, o Big Brother e, a rematar tudo isto, um ideal de paixão. Como se tivessem escolhido viver dentro de posters anúncios, as escolhas dos performers multiplicam-se, como num mundo quase infantil onde todos os desejos, sejam estilos de vida, papéis ou identidades podem instantaneamente ser satisfeitos. É esta ideia de instantaneidade que está subjacente a muito do material coreográfico da peça. «MiamiLuanda» descreve-nos o glamour mas, ao mesmo tempo, todo o vazio que ele encerra, como se alguém no fundo de si tivesse anotado: «tenta disparar contra a felicidade se puderes!».


    TAGV

    dois países, uma voz

    Miro Casabella, JP Simões, José Mário Branco e Leo i Arremecaghona!



    A plataforma Coimbra-Galiza nasce em 2005 com o propósito de aprofundar, e em muitas ocasiões iniciar, o conhecimento da Galiza na nossa cidade. Ao longo destes três anos já houve recitais poéticos, documentários e conferências. Nesta ocasião a música é a protagonista. Coimbra recebe quatro magníficos artistas: da música tradicional e reivindicativa de Miro Casabella às novas composições de JP Simões; do cantor de Abril e de hoje José Mário Branco ao punk de autor de Leo i Arremecaghona! Quatro músicos de tempos diferentes, dois países, uma única voz. Desfrutem tanto como nós.

    organização
    Plataforma Coimbra-Galiza - apoio TAGV


    MIRO CASABELLA
    Nasce em Ferreira do Valadouro, na Galiza, em 1946. Em 1967 canta em público pela primeira vez, em conjunto com os cantores da Nova Canço Catalana. No final dos anos 60 edita os primeiros dois discos: Miro canta as suas cancións e Miro canta cantigas de escarnio e maldizer. Toca com o grupo Voces Ceibes e faz digressões com Paco Ibañez, em França, e com Luis Cília, em Espanha.
    Em 1970, juntamente com Paco Ibañez, Luis Cilia, Xabier Ribalta e Zeca Afonso, participa nos festivais da canção ibérica e toca na Festa da Humanité perante 600 mil pessoas, integrando um cartaz do qual faziam parte Joan Baez, Paco Ibañez ou Georges Moustaki. Até 1976 tocou por toda a Galiza as suas músicas populares e de intervenção, enfrentando grandes problemas com as autoridades nacionais. Em 1974 colabora com José Mário Branco, que lhe faz os arranjos do disco Ti Galiza. Com o desaparecimento da censura, em 1976, começa um periodo de grande actividade em festivais por toda a Espaha.
    No início da década de 80 trabalhou na criação de DOA, grupo de música medieval-popular com grande aceitação por parte da crítica. Orvallo, publicado em 2004, é até agora o seu último trabalho.
    Miro é hoje um cantor de referência na música popular e de intervenção, habitual colaborador em eventos como a recente homenagem a Zeca Afonso na Galiza, que decorreu a 25 de Abril do ano passado.

    LEO I ARREMECAGHONA!
    A trajectória musical de O Leo i Arremecághona!!! inicia-se no ano de 1997, embora apenas tenha começado a ser conhecido em 1998, ao ser chamado para abrir os concertos da digressão galega de Albert Plá. Do mesmo ano é o seu primeiro disco, Suspiros de Kaña, que conta com uma edição de mil cópias distribuídas pelo próprio autor.
    Descrito como punk de autor, as suas referências musicais são Albert Plá, Billy Bragg ou Pau Riba. A ligação do autor às artes cénicas é notável, pois uma parte importante do projecto musical que representa o Leo i Arremecághona!!! está centrado nas suas actuações ao vivo, espectáculos que roçam o formato da performance em que o autor se caracteriza para intepretar determinadas personagens. É habitual que o espectáculo punk também seja precedido de versões acústicas de autores da canção de intervenção galega e dos Cantores de Abril.
    Leo i Arremecághona!!! tem dado recitais por toda a Galiza, com espectáculos de apresentação do seu primeiro livro de poesia Hai cu (2007), baseado no blog com o mesmo nome.

    JP SIMÕES
    Nascido em Coimbra e emigrado para o Brasil, JP Simões colaborou nos projectos musicais Pop Dell´Arte, Belle Chase Hotel, A Ópera do Falhado e Quinteto Tati, revelando-se um interessante intérprete e escritor de canções.
    Em 2006, preparou um novo espectáculo intitulado Canções do jovem cão e anunciou o lançamento da sua carreira a solo, através de um disco em nome individual, com o título 1970, editado no início de 2007, que arrecadaria grandes elogios de crítica e público. Foi ainda em 2006 que se estreou no cinema, participando no filme "Pele", do realizador Fernando Vendrell, como autor da banda sonora.
    A vida artística de JP Simões não se resume à música pura e dura, tendo em 2003 levado ao palco, com encenação de João Paulo Costa e da companhia do Teatro do Bolhão, a Ópera do Falhado, projecto cujo texto saiu da pena de JP Simões, tendo a música sido composta com Sérgio Costa, eterno companheiro de lides, nos Belle Chase Hotel e no Quinteto Tati.
    No Outono de 2007, é publicado o livro de contos O Vírus da Vida, ilustrado por André Carrilho.

    JOSÉ MÁRIO BRANCO
    Iniciou a sua carreira durante o período do Estado Novo tendo sido perseguido pelas autorides políticas de então, o que o obrigaria a exilar-se em França. Trabalhou com José Afonso, Sérgio Godinho, Luís Represas, Fausto e Camané, entre outros, com os quais participou em concertos ou em álbuns editados como cantautor e/ou como responsável pelos arranjos musicais. Compôs e cantou igualmente para teatro, cinema e televisão. Em 1974 fundou o GAC - Grupo de Acção Cultural, com o qual gravou dois álbuns.
    Entre música de intervenção, fado e outros registos musicais, são de sua autoria os discos Ser Solidário, Margem de certa maneira, A noite e o emblemático FMI, obra síntese do movimento revolucionário português, em que canta os seus sonhos e desencantos. Este último registo foi durante algum tempo proibído pelo próprio de passar em quaisquer rádio, TV ou outro tipo de exibição pública. Não obstante, FMI será, provavelmente, a sua obra mais conhecida.
    O último álbum, lançado em 2004, tem por título Resistir e Vencer, em homenagem ao povo timorense que resistiu durante décadas à ocupação efectuada pelas forças militares da Indonésia, logo após o 25 de Abril de 1974.


    Dia 14 de Fevereiro`08, 21h30 Preço normal 10,00€/ Preço estudante 6,00€

    O que existe no interior de um ovo?



    O que existe no interior de um ovo?

    Fazer abrigos… é uma ideia gira. Remete para coisas de putos. Mais de rapazes? As raparigas talvez fizessem casas…
    Abrigos são coisas mais rústicas? Mais bélicas? Temos abrigos na montanha e abrigos na guerra…
    Pressupõem um perigo.
    Podemos estar lá dentro e ver tudo, sem que ninguém nos veja.
    O que quer que esteja a acontecer lá fora não nos alcança.
    Podem não ser confortáveis, nem bonitos, mas têm as condições adequadas ao que se pretende: proteger, manter vivo.
    Na natureza também há abrigos: grutas, oásis…
    A barriga da mãe, o ovo? Também são abrigos?
    São abrigos muito especiais. São abrigos que geram novos seres!
    Protegem, mantêm vivo e transformam o embrião num ser completo.
    Os abrigos do André Banha são feitos de natureza, em madeira bruta. Transmitem uma sensação de rudeza, mas também de segurança.
    Pretendem proteger dos elementos ou representam a casca do ovo onde germina um embrião?

    Olga Seco
    www.galeriasantaclara.com

    o bem, o belo e a natureza




    Chambres, Rooms, Zimmers



    Foram muitos os inquilinos
    Foram muitos os proprietários
    Foram muitos os espectadores
    Que nos obrigaram a manter o

    "Chambres, Rooms, Zimmers"

    até 8 de Março!

    Dirija-se à Galeria Santa Clara receba um MP3 e a partir daí comece uma viagem à procura de "Chambres, Rooms, Zimmers".
    Veja Coimbra a transformar-se num grande palco, com um percurso que cruza a procura de um quarto para partilhar, com os respectivos senhorios e as vozes que povoam a cidade construída através das memórias e espaços imaginários. E é da recolha destas memórias, histórias, personagens, imagens, sons e trajectos que nasce nesta cidade, território de exploração, o cenário para este teatro sonoro.
    No final, regresse à Galeria Santa Clara e devolva o MP3.

    Duração do percurso: 1h15m
    De Segunda a Sábado entre as 14h e as 18h - Preço do bilhete: 4€
    Direcção Artística: Ricardo Correia
    Texto, Dramaturgia* e documentação Geográfica: Ricardo Correia, Hélder Wasterlain e Filipa Alves
    Apoio Dramatúrgico: Jorge Louraço
    Paisagem Sonora: Luís Pedro Madeira
    Actores/Vozes: António Mortágua, Rita Moreira, João Paulo Janicas, Rui Damasceno, Fernando Taborda, Ricardo Correia, Filipa Alves, Helder Wasterlain, Mónica Gomes, Pedro Arinto, Marlise Gaspar, Maria Graça Polaco, Luís Pedro Madeira e Névia Vitorino.
    Intervenção plástica: Carolina Santos, Andrêa Inocêncio e Filipa Alves
    Produção executiva: Hélder Wasterlain, Marlise Gaspar, Mónica Gomes.
    Co-produção: Associação Cultural Rio Contigo e a Casa da Esquina – Associação Cultural

    *A partir de alguns fragmentos de textos de Ítalo Calvino, Miguel Torga, Eça de Queirós, Gil Vicente, Carlos de Oliveira, António Nobre.

    Contacto para entrevistas: Ricardo Correia – 96.8360617
    Contacto para reservas: 91.6814585 ou 963421452; ou através do e.mail: helder.wasterlain@gmail.com


    Apoios: Ministério da Cultura – Direcção Regional da Cultura do Centro | Galeria Santa Clara | Café Santa Cruz | Livraria XM | SMTUC | TEUC | RUC

    património

    Photobucket
    Espelhos, Pereira, concelho de Montemor-o-Velho, 2008

    post reproduzido na íntegra do blog O Café dos Loucos

    Coimbra, 1 de Fevereiro de 1937


    MONÓLOGO E EXPLICAÇÃO

    Mas não puxei atrás a culatra,
    não limpei o óleo do cano,
    dizem que a guerra mata: a minha
    desfez-me logo à chegada.

    Não houve pois cercos, balas
    que demovessem este forçado.
    Viram-no à mesa com grandes livros,
    com grandes copos, grandes mãos aterradas.

    Viram-no mijar à noite nas tábuas
    ou nas poucas ervas meio rapadas.
    Olhar os morros, como se entendesse
    o seu torpor de terra plácida.

    Folheando uns papéis que sobraram
    lembra-se agora de haver muito frio.
    Dizem que a guerra passa: esta minha
    passou-me para os ossos e não sai.


    Fernando Assis Pacheco, in "Sião" frenesi, 1987




    Post afixado por Miguel n'O café dos loucos que roubo descaradamente e dedico ao Bonirre, ao Dr.Gica, à Armanda, ao Pedro, à E., enfim... a nós, portanto, neste dia 1 de Fevereiro de 2008 em que alguma coisa muda. É um dia diferente. É um dia de reflexão.


    Bom-dia, camaradas!

    matiné (foi bom, muito bom, mas já acabou)

    tudo começou no encanto das mantas para nos proteger do frio durante as (cerca de?) 3 horas de peça...

    O Círculo de Giz Caucasiano, de Bertolt Brecht
    encenado por Marco Antonio Rodrigues - 37ª produção d' O Teatrão de 13 de Dezembro de 2007 a 27 de Janeiro de 2008, no Museu dos Transportes, Coimbra


    Brecht escreveu O Círculo de Giz Caucasiano entre 1943/45, no final da Segunda Guerra Mundial, durante o seu exílio nos EUA. Nesta obra, o dramaturgo coloca, em forma de prólogo, uma discussão entre dois grupos de russos, em torno dos direitos sobre uma propriedade a que voltam após o afastamento das forças nazis. A questão, posteriormente desenvolvida na acção principal da peça, centra-se em saber sobre que princípio deve o caso ser estabelecido? Para isso, Brecht constrói uma fábula, de inspiração oriental. Durante a guerra civil, o filho do governador é abandonado pela sua mãe e criado por uma ajudante de cozinha, Gruscha. (...)

    A inspiração que Brecht nos pode dar é, antes do artista, a do cidadão. O que assistimos e fazemos, todos nós, trabalhadores de teatro, é julgar e criticar algo que pensamos exterior a nós, culpar o sistema, essa entidade de difícil definição que todavia domina a realidade quotidiana. No fundo, ninguém acredita na capacidade de mudança colectiva. Acreditamos, talvez na capacidade ilusória de um pretenso conforto apoiado no avanço tecnológico que também nas artes se repercute. Acreditamos que a relação entre público e plateia não tem capacidade de evolução, tendo esgotado já todas as suas possibilidades. Em suma, não acreditamos, desacreditamos. Como podemos então ser artistas? Como podemos então questionar o nosso posicionamento dentro do sistema? Como podemos tomar posição? É da responsabilidade do artista como produtor de pensamento, da sua posição percursora na sociedade que queremos falar, da força transgressora do indivíduo que age dentro do sistema, sabendo que a própria transgressão contém em si dois momentos: o reconhecimento da ordem estabelecida e a capacidade para inverter essa mesma ordem através das acções praticadas.

    ler mais

    fotografias de Paulo Abrantes, no flickr



    se não viram, espero que venham a ter a possibilidade de ver esta peça apresentada pel'O Teatrão, quiçá um dia destes, perto de vós... estejam atentos, vale a pena




    Uma árvore é uma obra de arte quando recriada em si mesma como conceito para ser metáfora.

    Alberto Carneiro
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